segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Tratamento de Água e Esgoto

Definição

Tratamento de Água
é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.
Numa estação de tratamento de água, o processo ocorre em etapas:

- Coagulação: quando a água na sua forma natural (bruta) entra na ETA, ela recebe, nos tanques, uma determina quantidade de sulfato de alumínio. Esta substância serve para aglomerar (juntar) partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.

- Floculação - em tanques de concreto com a água em movimento, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores.

- Decantação - em outros tanques, por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo dos tanques, separando-se da água.

- Filtração - a água passa por filtros formados por carvão, areia e pedras de diversos tamanhos. Nesta etapa, as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas no filtro.

- Desinfecção - é aplicado na água cloro ou ozônio para eliminar microorganismos causadores de doenças.
- Fluoretação - é aplicado flúor na água para prevenir a formação de cárie dentária em crianças.

- Correção de PH - é aplicada na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição.





Tratamento de Esgoto

O tratamento biológico é a forma mais eficiente de remoção da matéria orgânica
dos esgotos. O próprio esgoto contem grande variedade de bactérias e
protozoários para compor as culturas microbiais mistas que processam os
poluentes orgânicos. O uso desse processo requer o controle da vazão, a
recirculação dos microorganismos decantados, o fornecimento de oxigênio e
outros fatores. Os fatores que mais afetam o crescimento das culturas são a
temperatura, a disponibilidade de nutrientes, o fornecimento de oxigênio, o pH, a
presença de elementos tóxicos e a insolação.
Havendo oxigênio livre (dissolvido), são as bactérias aeróbias que promovem a
decomposição. Na ausência do oxigênio, a decomposição se dá pela ação das
bactérias anaeróbias. A decomposição aeróbia diferencia-se da anaeróbia pelo
seu tempo de processamento e pelos produtos resultantes. Em condições
naturais, a decomposição aeróbia necessita três vezes menos tempo que a
anaeróbia e dela resultam gás carbônico, água, nitratos e sulfatos, substâncias
inofensivas e úteis à vida vegetal. O resultado da decomposição anaeróbia é a
geração de gases como o sulfídrico, metano, nitrogênio, amoníaco e outros,
geralmente, gases malcheirosos.
A decomposição do esgoto é um processo que demanda vários dias, iniciando-se
com uma contagem elevada de DBO, que vai decrescendo e atinge seu valor
mínimo ao completar-se a estabilização. A determinação da DBO é importante
para indicar o teor de matéria orgânica biodegradável e definir o grau de poluição
que o esgoto pode causar ou a quantidade de oxigênio necessária para submeter
o esgoto a um tratamento aeróbio.

Pode-se então, separar o tratamento de esgoto domiciliar em 4 níveis básicos: nível preliminar, tratamento primário e tratamento secundário que tem quase a mesma função, e tratamento terciário ou pós-tratamento. Cada um deles têm, respectivamente, o objetivo de remover os sólidos suspensos (lixo, areia), remover os sólidos dissolvidos, a matéria orgânica, e os nutrientes e organismos patogênicos (causadores de doenças).
No nível preliminar são utilizadas grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir que haja danos as próximas unidades de tratamento, ou até mesmo, para facilitar o transporte do efluente.
No tratamento primário são sedimentados (decantação) os sólidos em suspensão que vão se acumulando no fundo do decantador formando o lodo primário que depois é retirado para dar continuidade ao processo.
Em seguida, no tratamento secundário, os microorganismos irão se alimentar da matéria orgânica convertendo-a em gás carbônico e água. E no terceiro e último processo, também chamado de fase de pós-tratamento, são removidos os poluentes específicos como os micronutrientes (nitrogênio, fósforo…) e patogênicos (bactérias, fungos). Isso quando se deseja que o efluente tenha qualidade superior, ou quando o tratamento não atingiu a qualidade desejada.
Quando se trata de efluentes industriais a própria empresa que faz o tratamento de esgoto exige que a indústria monitore a qualidade dos efluentes mandados para e estação. No caso de haver substâncias muito tóxicas ou que não podem ser removidas pelo tratamento oferecido pela ETE, a indústria é obrigada a construir a sua própria ETE para tratar seu próprio efluente.






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