Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. Você sabia que 97% da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos?
Pois, bem, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas (população mundial). Esse pouquinho de água que nos resta está ameaçado. Isso porque, somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais.
Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas. Mas, como não podemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a dar a nossa contribuição no dia-a-dia? Você sabe quantos litros de água uma pessoa consome, em média, por dia? Não? São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros ou mais): banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe.
Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. Para nós, consumidores, também significa mais dinheiro no bolso. A conta de água no final do mês será menor. O mais importante, no entanto, é termos a consciência de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água.
Um dos maiores causadores da poluição das águas, sem dúvida nenhuma é a agricultura. Os modos de produção que outrora eram de subsistência se moldou e acarretou problemas que hoje tenta-se resolver por meios de maneiras alternativas e em conjunto com o meio ambiente. Com os fertilizantes utilizados para o cultivo, degradação de matas com áreas de nascentes, isso e outras coisas que se faz uso para o aperfeiçoamento e melhora de modos produtivos, acabam com a qualidade das águas. A população ao longo dos anos cresceu, e com isso cresceu também as áreas de cultivo voltadas para alimentação e para suprir até mesmo os supérfluos da sociedade moderna. Mediante esse crescimento acelerado, a demanda aumenta e conseqüentemente a degradação também. Atendendo à necessidade de mais alimentos, além de responder à demanda econômica por produtos agrícolas de maior valor. Uma pessoa adulta precisa cerca de 4 de litros de água por dia para beber, mas para produzir seu alimento diário são necessários por volta de 2 a 5 mil litros. No mundo a maior parte dos recursos hídricos são destinados à irrigação, após vem a indústria e por último o abastecimento populacional. No transporte aquático há também um certo grau de contaminação das águas tanto doce quanto salgadas. Além da agricultura, atividades como a industrialização, esgotamento sanitário, e até mesmo o mau uso que damos em nossas casas, tem contribuído assiduamente para a poluição.
Levando em consideração esses problemas, a conscientização se faz necessária. Desde métodos simples que podemos aplicar no nosso dia-a-dia, aos modos de consumo sustentável utilizando os recursos de maneira que não comprometa o meio ambiente e a sobrevivência de gerações futuras. Pensando-se nas diversas formas de reaproveitamento, preservação e utilidade da água, o dia mundial da água, foi instituído pela ONU no ano de 1992, juntamente com um documento que apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água. Mesmo sendo um bem que tem um ciclo de renovação, o mesmo passa a ser limitado na medida em que não se é feito uso de maneira correta e consciente. Assim sendo, acabará ou diminuirá fazendo com que a visão de ideologias no mundo se modifique. Com essas alterações na natureza e na sociedade os conflitos e disputas serão a única saída para a sobrevivência. Boa parte dos países enfrenta problemas de abastecimento, até mesmo no Brasil que possui uma das maiores reservas de água doce do mundo, a exemplo de São Paulo, que convive com o racionamento ou até mesmo com a falta de água. Países com suprimento de água, deve cuidar dessas reservas e combater também o desperdício.